este é o dezembro dele...
a caminhar incauto por sobre ladrilhos represados
a imaginar a batalha de salvar a princesa
que ele nem ao menos escolheu...
Tem à mão,
um pedaço de pau a lhe ser espada
de escudo reluzente, tampa de panela raspada
um coração puro
desejo acrescido
alma de menino
corpo de menino
futuro,
pois
de um homem...
e repete-se à própria imaginação
ao paliar deste reino qual defronta
segue só, e acompanhado por anjos
distantes...
instantes...
na destreza infinda do pequeno infante
à guerrear com o mal,
qual,
ele nem ao menos considera...
de lá,
pode ele tocar o céu...
adestrar as mais temíveis feras
reclamar o seu trono
onde,
de lá,
ele é rei, e de todas as suas terras...
vastas, então...
Sol pesado...
alto, sim...
A cobrir-lhe os ombros cansados
ao açoite de fome, por qual lhe encomenda
à sua vivenda real, imersa
de contendas,
não...
pra lá,
ele não voltará...
da ilusão criança qual lhe induz...
à réstia apagada,
porém filtro
de luz
que lhe descende,
ao mero acto assertivo
dele,
do homem consentido,
que um dia,
será.
Ele caminha, pelo sol...
Alex Moraes
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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Lindo e triste, muito triste, nascido com caminho pré-escrito, mas em seu mundo o percorre, destino futuro que não escolheu.
ResponderEliminarLindo simplesmente lindo.