POESIA MariaCarla e Amigos para Crianças

Mesmo que um adulto fique a contemplar a arte de uma criança, nunca a conseguirá admirar com olhos de artista.... (mesmo porque estes olhos serão só para o coração de alguns)
Seremos todos envelhecidos em corpos de estátuas. Que assim não sejam as nossas crianças.



Dia Mundial da Criança

1 de Junho

Participação

Vóny Ferreira, Rogério Peixoto, Pedro Martins, João Evangelista, Fernanda Esteves, Inês Dunas, Vitor Neves, Nuno Guimarães, Joana Menano, Nuno Marques, Giselda Marilsa, José Lobo, Roberto Armorizzi, Albano Ferreira, Susan Oliveira, Diana Miriam Dias, Maria Luiza da Silva, Clarisse Silva, Dany Filipa, Lila Marcia Marques, Henrique Fernandes, Ricardo Pacheco, Fátima Rodrigues, Maria Mateus, Paulo Ferreira, Alex Moraes, Graça Fernandes

terça-feira, 1 de junho de 2010

Um Dia na Quinta

A Viagem


Está um lindo dia
O Filipe vai passear
À quinta do avô
Ele o vai visitar

Essa quinta fica longe
Está o Filipe a ralhar
A família vai de carro
E o sol está a brilhar

A viagem é demorada
Mas tantas coisas para ver
Muitos carros na estrada
E motos a correr

Atento e sossegado
Olha tudo à sua volta
Na sua cadeira sentado
Uma gargalhada solta

Já chegámos, já chegámos
À casa do avô João
Quero sair agora
Para abrir o portão

A Quinta

Corre tudo, entra em casa
Procurando o avô
Mas afinal o que se passa
Onde estará o avô?

Avô, avô, onde estás?
Já cheguei, estou aqui
Fiz esta viagem toda
Para estar junto a ti!

O Filipe não desiste
E continua a procurar
Seguindo os seus instintos
Até o avô encontrar

Depressa vê o seu avô
Junto ao celeiro
Que fará ele lá
Dentro do velho galinheiro?

Olá avô, o que se passa
Porque estás tu aqui?
Eu já cheguei há um bom bocado
Chamei e não te vi!

O avô muito contente
Respondeu com alegria
Eu sabia que virias
Visitar-me neste dia
Mas que fazes tu aqui
Quis o Filipe saber
Tenho uma surpresa para ti
Espera que já vais ver

Já sei qual a surpresa
Disse o Filipe a correr
Dirigindo-se aos ovos
Para no bolso os meter

Espera um pouco meu pequeno
Diz o avô muito depressa:
Não assustes as galinhas.
Nem lhes tires os ovinhos!

Mas porquê? Perguntou ele
Porque não posso tirar?
Sempre deixaste o Filipe
Os ovos das galinhas levar!

Mas agora é diferente
Aproxima-te para ver
Repara como os ovos
Estão todos a mover

Assustado afastou-se
Sem saber o que fazer
Perguntou muito baixinho:
O que está a acontecer?

Algo de maravilhoso
Respondeu o avô
Se ficares silencioso
Depressa vais perceber!

Que barulhos tão estranhos
Disse de olhos arregalados
Aposto que estes ovos
Estão todos estragados

Mas depressa percebeu
Quando o primeiro partiu
E um pintainho lá de dentro
Do ovo, do ovo saiu!

Tão pequenino e frágil
E mal consegue andar
Vou-lhe dar um grande abraço
Se o meu avô deixar!

Mas o avô não deixou,
Pois são muito pequeninos
Todos os pintainhos
Das galinhas o avô afastou

Agora eles vão crescer
Pertinho da mamã galinha
Que os vai sempre proteger
Até na hora da caminha!

Carla Bordalo

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